
Este 15 de outubro assinalam-se já 101 anos do nascimento de Agustina Bessa-Luís e, nos últimos 2 anos, temos vindo a recordar, a cada mês, a escritora, assinalando, deste modo, o seu centenário.
Para nós, recordar Agustina é recordar a sua ligação às nossas terras, em especial a Bagunte e a Outeiro Maior, locais que fizeram parte da sua vida, sobretudo na fase da adolescência, e que se eternizam agora na sua obra. Entre os locais mencionados estão a Cividade de Bagunte, a Quinta de Cavaleiros, que foi propriedade da família de Agustina Bessa-Luís, a capela de Nossa Senhora das Neves ou o lugar de Corvos, locais que podemos ver na imagem que acompanha esta publicação. São 8 as suas obras com referências diretas aos tempos passados em Outeiro e Bagunte, embora seja transversal a toda a sua obra as influências que os seus tempos passados por estas terras significaram na sua vasta obra literária.
“Eu vivi em muitos lugares, e de um deles tenho a ideia estranha de que lá vivi por necessidade da minha iniciação no fantástico. Era uma terra perdida, ao norte de Bagunte, nome já por si cancioneiro e razoável de eficácia romântica", escreveu Agustina em 1966, referindo-se às férias passadas na quinta de família, a Quinta de Cavaleiros.
Chegamos, assim, ao fim desta viagem pela sua obra diretamente marcada por estes locais, falámos das várias obras da escritora, dos locais mencionados, de curiosidades da sua vida, de iniciativas e homenagens. Foram 2 anos de descoberta… hoje conhecemos melhor Agustina e a sua obra.
“Recordações daquelas férias que eram como um colar de flores bravias, recordações murchavam como as flores do colar. Mas ainda eram flores – e com o perfume seco das coisas sem fim a que a gente chama saudade”, em Colar de Flores Bravias.
No próximo dia 25 de novembro realiza-se o 4º e último Roteiro Literário Agustina Bessa-Luís, contamos com a sua presença! 😊